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sexta-feira, fevereiro 27, 2004

Monstruosidades 

Olá! Fala-vos o eterno mal-encarado...aquele que entre a má disposição ainda solta uns sorrisos quando é desmascarado. Já não há motivos para assustar o mundo. Esta antipatia cria decerto mau ambiente, mas o caminho tem sido uma descida polvilhada de vertigem. Assim, só quando me esqueço episodicamente de mim, tenho algo para dar aos outros.
Nada temam. O Punk Moda Funk um dia vai voltar...


segunda-feira, fevereiro 23, 2004

Carnaval 

Encapuçado, diriges-te para onde foram todos os outros. Hoje nada te diferencia, és um anónimo como muitos.
Caminhas mudo. Tiras a cavilha à granada e PUM! Inauguras uma festa imbecil da melhor maneira:
Atentado.

quinta-feira, fevereiro 19, 2004

Life Magazine 

"Passamos o tempo todo, questionados acerca de prioridades, pressionados por responsabilidades. Julgamos saber dar sentido, conhecer o caminho. Construir a vida é um conjunto de sacrifícios, de abnegação. Há que saber virar costas à facilidade, ao sedutor, à diversão. Porque a vida é uma coisa séria, quer queiramos ou não.
A maneira de ser despreocupada, é irresponsável e oferece resultados trágicos.
A alienação conduz-nos a um prazer imediato mas de curta duração.
Fomos feitos para sofrer.
Que importa um simples momento, quando se prepara um futuro estruturado."

Fui eu quem escreveu isto. O que isto tem de verdade, faz doer.
O que isto tem de discutível, traz preocupação.
Os instantes são tudo. As pequenas coisas têm, por vezes,um poder avassalador.
E o divertimento também faz parte do JOGO.

A decisão pura é o impasse.

quarta-feira, fevereiro 18, 2004

Peter Pan 

Olhar para trás é tentador, que o diga Orfeu. Nesta fase, sinto-me um dos meninos perdidos, que a toda a força não quer crescer. Porque isso implica inúmeras responsabidades, porque o fim da meninice é o acabar dos sonhos.
É a viragem de um capítulo fulcral. A identidade está praticamente construída, o que vem a seguir é um embrulho-surpresa chamado realidade nua. Gostava que a inocência não tivesse desfecho. Só espero não me tornar em alguém detestável.



quinta-feira, fevereiro 12, 2004

I'm only Sleeping 

Descobri a brecha temporal que me permite transitar entre a minha dimensão e a dos outros.
Qual Star Trek e teleporte, isto é muito melhor!
Assim posso realizar o chamado Quantum Leap, explorar o que quiser e voltar em segurança à base. Perdi o medo todo. Segue-se pura aventura.



Please, don't wake me, no, don't shake me
Leave me where I am - I'm only sleeping

Lennon




domingo, fevereiro 08, 2004

UK DK 

Completando o título : Um filme sobre punks e skinheads .
É isso mesmo, um documentário que data de 1983, chama atenção para um revivalismo punk no Reino Unido. A herança dos Sex Pistols,UK Subs,The Damned, faz-se sentir com força por todo o lado, tendo uma expressão assinalável nos costumes de um povo. O filme trata-se de um conjunto de entrevistas e actuações de bandas punk(Vice Squad, Adicts, Blitz).
A abertura com The Exploited e o célebre hino Fuck the USA mostram a relevância e actividade do movimento punk daquele tempo,agressivo e anarquista.
Nos nossos dias ainda é muito assim, mas anda longe do apogeu conhecido em 83/85(ou em 76/79).



sexta-feira, fevereiro 06, 2004

Not just anyone  

Velvet Underground - Loaded 1970

O penúltimo álbum de Velvet Underground, que da formação original só contava apenas com Sterling Morrison e Lou Reed. Reacionário que chegue em relação ao movimento hippie, flower-power e afins, Lou Reed expressa o seu desprezo pela cena West Coast com Who Loves the Sun.Este album, acaba por reflectir as raízes de Lou Reed, é um disco Velvet importante, saíram dele musicas como Rock n'Roll ou Sweet Jane. Contudo a pérola do disco é Oh Sweet Nuthin'.
Muito mais haveria para contar,mas prefiro recomendá-lo. A curiosidade vem por si.

Loaded - VU

Hope 

Confesso que estava transtornado quando escrevi o post anterior.
Não retiro nenhuma palavra ao que disse.
Uma transformação não se dá sem conflito. Estou a trabalhar numa versão melhorada do meu EU.

Os outros 

Merda!
Sinto-me alienado.
Todas as estúpidas preocupações com o meu self, adicionando uma crescente insatisfação materialista, afastam-me do essencial.Combato esta paranóia idiota da sociedade da informação,do consumo, a cada segundo. E a cada segundo, passa diante dos meus olhos o real a que me esquivo, pessoas próximas que sofrem e que podem morrer sem me despedir.
E eu na mesma.Insensível, sou um insensível. vai ser preciso cortar-me todo para saber que ainda estou vivo.Que me corre sangue. O acessório é vão.
O mundo a ruir à minha volta e eu impávido com um sorriso pateta, ocupado com coisas que não existem.São virtuais, ponto. E isto é tão efémero, e o remorso vai ficar...
É engraçado como nos tornamos assim. Que raiva! Enlouqueci, só pode ser.
Mas o que é que realmente importa nesta vida, foda-se?Só quando um gajo deixar de fugir à cruel verdade, será humano.Otherwise, dás por ti e estás sozinho e psicótico.
Puta que pariu isto tudo!
Sou uma vergonha.

quinta-feira, fevereiro 05, 2004

S.I.G. 

Vortex Club, Londres, 7/11/1977

Siouxsie&The Banshees actuam com uma casa a rebentar pelas costuras. Siouxsie Sioux(lê-se Susie Sue), membro do Bromley Contingent (espécie de clube de fãs dos Sex Pistols, acompanhavam-nos ao Inferno se fosse preciso, outro dos VIP's que o constituiam era Billy Idol...), trazia uma braçadeira nazi (a suástica) e encarnava a mulher-esquizofrénica. Agressiva, violenta, agita-se com espasmos e momentos de transe, deixando maravilhado o público.
Na playlist dessa noite, encontrava-se Captain Scarlet ,versão do tema de abertura da série de animação da BBC.

Eu sou o Captain Scarlet
Tirem as vossas conclusões...

Don't Leave me 

Tenho sido pródigo em aumentar a distância que me une aos meus amigos.
Não faço de propósito. Para mim até é um tormento.
Cumplicidades que se extinguem nas pontas de uma corda que se vai desenrolando numa agonia.
Provavelmente vou ser esquecido sem muita resistência.
A culpa aqui é só minha. Não faço por marcar as pessoas. Há demasiada passividade em mim.
Se ao menos respirasse fundo, uma vez que fosse.
Há muita tensão, muitas fechaduras, segredos, para esconder um EU bastante igual ao comum dos homens.
É só mais qualquer coisa a eliminar, desta vivência mutante.

terça-feira, fevereiro 03, 2004

To change or not to...Keep the change! 

Tens que mudar!-repetia eu, o instável emocional, para a minha consciência semi-dormente.
Será que eu sou credível o suficiente para conseguir operar a mudança? Hmm...mas até tenho jeito para representar...já sei!Acorda cedo, enche os pulmões, contempla o céu azul!Não te queixes do frio! - preguei-lhe um susto enorme, mas com palavras de ordem, pû-la no sítio. Disfarcei-me de ser confiante, para isso só tive que adoptar uma postura física correcta e um sorriso.Was that so hard?


ando a ouvir outra vez:

Siouxsie&The Banshees - Mirage
Yeah Yeah Yeahs - Maps

Manuscritos 

Estava a lembrar-me da quantidade de textos que destruí, contando eliminar definitivamente do meu pensamento a pessoa que mais o tinha ocupado nesses idos tempos.
A reacção que se seguiu foi indescritível. Senti-me péssimo. Foi como delapidar património valioso. Tratava-se de um espólio sentimental que foi profanado.
Estava farto de viver um engano.Escusado será dizer que não a esqueci, pelo menos nos dias que se seguiram imediatamente à citada atitude.
O alívio veio depois da dor, da sensação de derrota e da cegueira adquirida entretanto.
Não conseguia olhar para ninguém da mesma maneira. Que seja muito feliz...
Mas hoje, quando tenho a distância necessária para avaliar o meu procedimento, rio-me. São tolices.
Para quê penitenciar-me acerca do que não cumpri? Ridículo. "AMOR NÃO É AMAR."
E então, foi isso que outra pessoa me ensinou...

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